Contingente
desproporcional, câmeras fotográficas escancaradas, militantes cercados,
revistas arbitrárias, prisões sem explicação. Nas últimas semanas, ficou clara
a mudança na estratégia de agir da Polícia Militar em manifestações,
principalmente após o início da Copa do Mundo no País. Antes violentas e
desorganizadas com vistas a dirimir os atos de rua, as ações da PM se tornaram
calculadas no intuito de intimidar manifestantes mesmo antes de os protestos
começarem e evitar que simpatizantes se juntem a eles. A análise do iG conta com embasamento de especialistas, militantes
de movimentos sociais e advogados, todos presentes nos recentes protestos na
capital paulista, que, apesar de pouco expressivos em número de pessoas, têm
escancarado uma tensão crescente entre os profissionais do Estado e os civis
que contestam seu poder. Tal característica pôde ser constatada em cidades como
Belo Horizonte e São Paulo já no início do Mundial - e só tem ganhado força nas
duas últimas semanas.
(Último Segundo)