O ex-prefeito de Pederneiras Giácomo Metódio Bertolini, 81 anos, morreu nesta terça-feira (24) por volta das 15h e seu corpo está sendo velado na Câmara Municipal na rua Belarmino Pereira, 0-58. Ele administrou o município por dois mandatos: 1983-1988 e 1993-1996. Também se elegeu vereador no mandato 1977 a 1982. O enterro será nesta quarta-feira (25) no cemitério municipal.
No primeiro mandato se elegeu pelo PMDB com 5.404 votos. Entre as obras estão a construção do pontilhão que faz a ligação do Centro ao bairro Antonio Conti, o prédio da rodoviária e Parque Ecológico. Logo após sua posse, no primeiro mandato, articulou dois encontros políticos que marcaram a história da região: o Primeiro Encontro Político Administrativo de Pederneiras (Epap) e o Programa Saneamento Básico para o Interior (Sanin), reunindo extraordinariamente na cidade o governador e todos os secretários estaduais. Pederneiras entrava para o mapa das grandes decisões políticas governamentais. Sob seu comando, foram reorganizadas todas as estradas vicinais, foi instituído o programa de merenda escolar e o de transporte de estudantes de todos os níveis inclusive para outros municípios da região, com segurança e conforto.
Reestruturou a máquina administrativa e reequipou a frota de máquinas e veículos municipais. Amigo das coisas inéditas, construiu um Teatro Municipal, único no centro do Interior de São Paulo, dotado de todas as condições técnicas para atrair espetáculos profissionais, o que efetivamente ocorreu, com as temporadas dos espetáculos em um novo circuito. Com esse Teatro, Pederneiras influenciou a mudança nas políticas culturais nos municípios vizinhos.
Para preparar o futuro, adquiriu 120 alqueires de terras que até hoje determinam os distritos industriais e a maioria dos núcleos habitacionais, como os Bertolini I e II, Nosso Teto, Maria Elena Bertolini, Jayme Bigelli, Leonor Mendes de Barros e Bruno Cury, entre outros, inclusive em Guaianás e Santelmo, todos assentados em terras adquiridas sob seu comando.
Ele também teve papel importante para instalar o Porto Intermodal da Hidrovia Tietê-Paraná, como era planejado, único porto da hidrovia capaz de reunir hidrovia, rodovia e ferrovia, fosse fincado à margem esquerda do Tietê, fazendo prevalecer Pederneiras sobre os interesses administrativos igualmente importantes de Jaú.
Ele ainda se elegeria para o segundo mandato em 3 de outubro de 1992 com 8.029 votos. Foi um dos três primeiros prefeitos do País a se eleger pelo PV. Entre suas realizações, o Parque Ecológico Vale do Sol, o Recinto de Exposições, o Terminal Rodoviário, a passagem de nível sob os trilhos da Fepasa, a av. Bernardino Flora Furlan, a avenida dos Trabalhadores, entre outras obras igualmente importantes. Giácomo deixa três filhas, uma delas Ivana Camarinha que também foi prefeita do município por dois mandatos, Ieda e Iula, genros e netos.
(JCnet)
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