29 maio 2014

Operação Ararath vê ‘supostos pagamentos’ a promotores de Justiça

Planilha de supostos pagamentos
A Operação Ararath, da Polícia Federal, encontrou uma planilha de “supostos pagamentos a membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso”. A informação consta de manifestação da Procuradoria da República. O documento foi apreendido na residência de um dos principais alvos da investigação, Éder de Moraes, ex-secretário da Fazenda do governo Blairo Maggi (PR/MT), atualmente senador. Moraes é apontado como operador de instituição financeira clandestina que movimentou cerca de R$ 100 milhões supostamente oriundos de desvios de recursos públicos para financiamento de campanhas eleitorais em Mato Grosso. A planilha citada pela Procuradoria da República tem 47 nomes de promotores e procuradores do Ministério Público do Estado de Mato Grosso. Entre os nomes citados está o procurador-geral de Mato Grosso, Paulo Roberto Jorge do Prado, que ocupa pela terceira vez o comando da instituição. Ao lado do nome dele aparece a quantia de R$ 516,7 mil. “A planilha (sobre supostos pagamentos a promotores de Justiça) foi encontrada no mesmo local e circunstância da apreensão dos documentos que sugerem pagamento de propina a autoridades do Poder Executivo e Legislativo do Estado de Mato Grosso (notas promissórias, cheques, lista contábil de pagamento, operações bancárias, anotações de depósitos”, destacou a Procuradoria da República em manifestação datada de 25 de abril. Nessa manifestação a procuradora da República Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani acolhe pedido da PF para decretação da prisão preventiva de Éder de Moraes. A investigação revela que Moraes agia em parceria com Gércio Marcelino Mendonça Júnior, delator do esquema.
(Estadão)
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