27 março 2014

Tempo de permanência do cliente nas sex shops passa de 1 para 9,8 minutos

À medida que caem tabus, crescem novos negócios. O mercado de produtos eróticos e sensuais é uma das provas disso. Há 20 anos, o período médio de permanência de um cliente dentro de uma sex shop era de um minuto. Entrava-se correndo – e de preferência com discrição –, comprava-se apenas o necessário, sem fazer perguntas, o pagamento era com dinheiro e rapidamente o cliente estava fora da loja e daquela situação supostamente vexatória. Hoje, duas décadas depois, o cliente, em média, passa 9,8 minutos dentro do estabelecimento, até faz uma pergunta ou outra. Compra, em geral, cosméticos, acessórios, vibradores, usa o cartão de crédito e sai – com mais tranquilidade e menos vergonha. Um tremendo avanço que ainda deixa o Brasil longe de outros mercados mais amadurecidos, como o norte-americano, em que 20% da população afirma utilizar produtos eróticos – por aqui, os compradores assumidos ainda são 17%. É neste cenário em que Paula Aguiar, presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico (Abeme), está acostumada a trabalhar. “Eu já vi gente em Mato Grosso, com calor de 40 graus, de casaco, óculos e chapéu dentro da sex shop. Ainda tem muito preconceito”, diz.
(Último Segundo)
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