Na quinta feira, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, interrompeu a sessão em meio a um entrevero com o ministro Ricardo Lewandowski. Quase foram às vias de fato, segundo relatos. Barbosa atribuiu "chicanas" a Lewandowski e não se retratou. A advocacia está perplexa. "Episódios como o de quinta-feira não são normais", alerta Thomaz Bastos. "Criam ambiente impróprio para se analisar com a devida atenção e profundidade os argumentos de defesa. É o destino de pessoas que está em jogo e ter serenidade é essencial para se chegar à conclusão mais correta." Ele considera "natural" divergências num julgamento tão complexo. "O Direito não é uma ciência exata e a aplicação das leis é sempre revestida de um certo grau de subjetividade. Por isso, os sistemas processuais induzem a que as decisões finais sejam tomadas sempre por um colegiado. Isso é resultado da percepção de que a média das decisões de um grupo de juízes tende a ser mais equilibrada e, portanto, mais justa, do que a decisão de um único juiz."
(Estadão)
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