O
prefeito de Pederneiras desabafou. O desabafo repercutiu na Rádio Cultura e num
jornal local. Mostrou o despreparo próprio dos jovens governantes. E exagerou.
Tagarelou, tergiversou, alterou a voz, usou vocábulo chulo e escorregou para o
destempero na forma e no conteúdo. Distratou os adversários e acabou entrando
no terreno das inverdades.
É
de se imaginar que todo governante possua equilíbrio, meça as palavras, não
seja grosseiro e deseducado. Mas isso parece estar longe do que
ocorreu. Esse episódio reporta aos tempos do Collor de Mello na
presidência. Arrogante, gritava tanto pelos cotovelos que sem qualquer
controle, tropeçou nos próprios pés e caiu. Deu no que deu.
Vamos
por parte, contraditar algumas coisas ditas pelo nosso prefeito:
A
atuação da oposição – natural em toda democracia –, não deveria ser causa dos
nervos à flor da pele do alcaide. Afinal ela não faz mais que cumprir o seu
dever, fiscalizando e pedindo a quem de direito que apure. Tanto é verdade que
várias questões levadas ao Ministério Público estão sob apuração preliminar ou
se transformaram em inquérito. O problema então seria com a oposição ou com o
que transita no ambiente da promotoria de justiça?
Ainda
quanto aos partidos que tem se posicionado contrários à forma com que conduz a
administração, o prefeito pecou. Diz que as siglas partidárias em Pederneiras
não contribuíram e não contribuem em nada, apenas atrapalham.
É
bom lembrar que que o PT local, por exemplo, tem sido parceiro há muitos anos.
As lideranças partidárias conseguiram emendas parlamentares e atuaram
politicamente para que fortes investimentos do Governo Federal viessem para o
município. Já o PSDB pederneirense acaba de anunciar importantes benfeitorias,
conquistadas junto ao Governo do Estado.
Quanto
ao PCdoB, a questão é outra. Ausente de procedimento que ouvisse uma das
partes, o histórico partido destituiu, sem sequer comunicar, a direção local. E
a substituiu por outra que, segundo se informa, abriga agora gente afinada com
o desabafo do alcaide. Estranho esse comportamento, partindo de quem partiu.
Enfim, cada cabeça é uma sentença!
Reginaldo Monteiro
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