A primeira página do jornal A Praça
deste sábado (14), escancara a face quase sempre oculta dos bastidores das
relações perigosas que a política por vezes proporciona. Uma manchete equivocada,
uma entrevista que percorre os labirintos do poder.
Em pronunciamento da tribuna da
câmara municipal no dia 28 de maio, o vereador Chapéu revelou sua estranheza em
ter acesso barrado ao recinto da Feira das Nações. Fabiano Pelli Alexandre
foi quem mandou barrar.
Ferido, porque outras autoridades e
convidados puderam passar por onde lhe foi negado, Chapéu buscou saber em
seguida quem era aquela figura que o constrangeu. Descobriu que Fabiano não era
funcionário municipal, mas alguém que manteve desde 2008 até recentemente, relação
negocial com a prefeitura. Mais ainda, que um membro de sua família recebera em
2011, por decreto da ex-prefeita, permissão para ocupar área pública em um dos
distritos industriais do município.
Chapéu questionou sim, como era seu
dever: se Fabiano não era funcionário, a que título coordenou a festa? Isso até
hoje não foi sequer respondido. O que levou a prefeitura a contratá-lo ano a
ano para fazer propagandas e campanhas publicitárias? Por que alguém de sua
família ganha uma área de terras que deveria cumprir interesse público e social
e a mantém murada, sem qualquer utilização? Então, é equivocada a manchete de A
Praça ao dizer que Chapéu acusou um servidor. Nem acusou, tampouco à época Fabiano
era funcionário.
A entrevista de Fabiano
Em entrevista ao jornal, no mesmo
espaço de primeira página destinado ao tema, Fabiano tentou se defender. Reconheceu que manteve, ele próprio e a
empresa em nome de sua mãe, os contratos com a prefeitura que Chapéu listou.
A partir daí, a entrevista pode ser
considerada muito grave, dada às afirmações de Fabiano. Ele foi desrespeitoso
ao extremo com uma autoridade do legislativo, ao afirmar que o vereador Chapéu “queria
aparecer” na Feira das Nações, atitude que não condiz com alguém que exerce
cargo de confiança demissível a qualquer momento.
Fabiano – está no jornal -
reconhece que o terreno que se pensara ter sido doado à empresa de uma parenta
sua, foi na verdade doado a ele. Um agravante, porque leva a acreditar que ele utilizou
alguém de sua família como ”laranja”. Essa declaração se confirma quando Fabiano
admite que vai pedir ao prefeito um “alargamento do prazo” para construir. E
encerra a reportagem afirmando que o terreno “tem por finalidade instalar a empresa
de Fabiano”.
Seriam necessárias provas mais
contundentes que esta, a confissão de quem se favorece da coisa pública e do cargo
para o qual foi nomeado recentemente?
O que se espera do prefeito
O prefeito não pode silenciar. Ele
deve muito mais que apenas satisfações ao povo. Deve atitudes severas em
relação a quem coloca seu recém-iniciado governo na direção do total descrédito.
Os caminhos podem ser a revogação
do decreto que permitiu a utilização da área pública, que nem utilizada é por
Fabiano ou qualquer outra pessoa de sua família. E a exoneração do assessor que
expõe a administração com a escabrosa entrevista que concedeu.
O vereador Zezé Pegatin tinha razão em sua
vidência evidente: Fabiano foi premiado com uma nomeação na prefeitura. Entretanto, pode
estar perdendo o cargo por conta de suas próprias atitudes e palavras.
Se sua entrevista ao jornal A Praça é verdadeira, fidedigna, sem dúvida que ele
está em maus lençóis.
Só Deus na causa mesmo!!!!!!
ResponderExcluireu achei que ia demorar uns dois anos pras coisas comecarem a acontercer eu me enganei foi so alguns meses kkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluir1 - DO SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
ResponderExcluir2 - Porque ele a fundou sobre os mares, e a firmou sobre os rios.
3 - Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo?
4 - Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
5 - Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação.
Hahahaha! Chega a ser engraçado! Enquanto uns "delegam" a Deus todo a justiça do mundo e blá, blá, blá.. outros aproveitam-se da ingenuidade alheia (ou não). Quanta hipocrisia! Infelizmente ou felizmente vivemos em um país democrático e somos nós quem escolhemos nossos governantes. Muitas vezes não por ideologia política (o Fulano é meu amigo, vou votar nele; o Ciclano é do meu partido, tenho que votar nele). Posso estar engado, mas duvido que aqueles que hoje reclamam não aceitariam um desses cargos políticos. Se existe algo que me chateia são os falsos moralistas. Me desculpem pelo desabafo!
ResponderExcluirA questão, creio, não é aceitar ou não aceitar cargo de confiança. Mas saber QUEM estará no cargo. Levar vantagem, além de sacanagem com a coisa que é de todos é crime.
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