Neste domingo, alunos de medicina de São Paulo serão chamados a fazer uma prova para mostrar se aprenderam o mínimo que tinham de aprender na faculdade --e assim estariam habilitados a salvar vidas.
Até então a prova, realizada por uma associação profissional (Cremesp), não era obrigatória. Os estudantes prometem boicote. Mas o boicote é, em essência, contra a saúde do cidadão.
Os estudantes argumentam (e com alguma dose de razão) que a avaliação não deveria ser feita só com o aluno, mas também com as faculdades. Tudo bem. Mas essa avaliação não existe e ninguém sabe quando e se vai ocorrer.
Não vejo nenhum problema em se fazer uma avaliação externa, a exemplo do que ocorre na Europa e Estados Unidos.
O cidadão tem o direito de saber se aquele médico, recém-formado, tem o mínimo de conhecimento necessário para exercer sua profissão. E quando saírem os resultados veremos que muitos deles estão despreparados.
Portanto, esse boicote é, em suma, contra o cidadão.
Uma solução é o boicote ao boicote: o paciente pedir ao médico sua nota na prova.
(por Gilberto Dimenstein/Folha)
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