A tapioca, tradicional "merenda" das regiões Norte e Nordeste, está expandindo seus domínios.
A goma extraída da mandioca - que, aquecida, dá origem a beijus rígidos e outros formatos mais flexíveis - saiu dos fogões da praia e do sertão para ganhar novos territórios, como restaurantes estrelados, padarias concorridas e menus de festas. Atingiu, enfim, o status de comida moderna e refinada.
Essa conquista aconteceu por partes, mas em ritmo acelerado. Popular em Estados como Ceará e Bahia, a tapioca chegou às ruas das capitais do Sudeste em modestas barraquinhas, para agradar aos migrantes nordestinos.
Francisco Fontenele/Folhapress |
Tapioca de carne do sol com chocolate e banana no Centro das Tapioqueiras, em Fortaleza, no Ceará |
A revolução da tapioca se deu de fora para dentro na gastronomia paulistana, quando chefs interessados em ingredientes genuinamente brasileiros trataram de reelaborá-la.
Peça-chave do prato filhote com tucupi, a tapioca é cozida por 45 minutos e depois marinada no tucupi. No Capim Santo, é cozida com leite de coco, creme de palmito e camarões.
Esse movimento abriu de gente que já conhecia a tapioca de outros carnavais, mas que estava acostumada a vê-la - e a comê-la - apenas como item do café da manhã ou da tarde.
(G1)
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