18 maio 2012

Operação prende 7 dos 10 vereadores de cidade alagoana; 3 estão foragidos

O centro da cidade alagoana de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió, foi tomado no começo da noite de quinta-feira (17) por homens da Força Nacional e da Polícia Militar que interromperam uma sessão na Câmara Municipal e levaram presos os sete vereadores presentes.

Todos os dez vereadores da cidade são acusados de fraude na venda de um terreno público a um grupo empresarial. Três deles, que não estavam na sessão, são considerados foragidos.

Foram presos ainda o profissional que fez a medição e a avaliação do terreno e um empresário. A venda do terreno, proposta pela prefeitura, foi aprovada por unanimidade pela Câmara.

O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Eduardo Tavares Mendes, disse nesta sexta-feira que já pediu também a prisão do prefeito de Rio Largo, Antônio Lins de Souza Filho (PSB).

A ação cumpriu mandado de prisão expedido pela 17ª Vara Criminal de Maceió a pedido do Ministério Público do Estado.

De acordo com o procurador-geral de Justiça, as investigações da Promotoria apontam que o terreno de 250 hectares (ou 2,5 milhões de metros quadrados) foi vendido por R$ 700 mil, quando, na verdade, valia R$ 22 milhões.

"Foi montada uma operação criminosa envolvendo o prefeito e todos os vereadores da cidade. Um embuste em que cada um levaria uma parte", afirmou Tavares.

Há mais mandados de prisão expedidos, mas o procurador-geral preferiu não divulgar quem será preso.

A Folha não conseguiu falar com o prefeito Antônio Lins de Souza Filho nesta sexta-feira. A assessora de imprensa da prefeitura disse que tentaria localizá-lo. Na Câmara Municipal de Rio Largo ninguém atende às ligações.

O terreno vendido por R$ 700 mil foi loteado para construção de conjuntos habitacionais.

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