A solenidade de abertura da comemoração do Jubileu de Ouro da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo (FOB-USP), na noite de ontem, não foi apenas um evento de comemoração dos 50 anos da instituição de ensino. Em entrevista ao JC, o reitor da USP, João Grandino Rodas, confirmou a implantação de um centro de residência médica em Bauru, um dos preparativos necessários para “uma sólida faculdade de medicina”, em suas palavras.
Em discurso na solenidade, o reitor defendeu a necessidade de a futura faculdade ter, antes de ser aberta, uma retaguarda de alto nível em termos hospitalares e gerais, “para não começar do zero e sim no nível das faculdades de medicina da USP”.
Com quase metade de sua gestão de quatro anos cumprida, Rodas foi cauteloso ao garantir para já a faculdade na cidade de Bauru, por conta do prazo para que o processo, moroso e minucioso, seja concluído. “A ideia da faculdade de medicina é antiga, mas as ideias específicas só nasceram com o término do hospital (Centrinho). Neste momento, a minha gestão já está quase no meio, portanto, não podíamos prever isso no começo, senão eu já teria colocado a questão da faculdade de medicina”, ressalta.
Como este processo é muito complexo, o reitor explica que preferiu começar trabalhando no fortalecimento das bases que sustentarão a faculdade no futuro. Caminhando para o “final” de sua gestão, que termina em janeiro de 2014, Rodas teme que a criação rápida da faculdade possa ser um problema futuro, em outra gestão.
“Eu considero importante e considero que esse câmpus, principalmente pela tradição que a FOB tem, merece uma faculdade de medicina da USP. Isso é feito em conjunção de interesses, mas é necessário uma vontade política muito forte, dentre outras coisas da reitoria da universidade, e a necessidade de um período para fazer com que ela se instale e chegue a um ponto que os ingleses falam “point of no return”, ou seja, que não termine por aí, e seja concluído”.
(jcNET)
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