Em 1º de janeiro de 1997, após a posse dos novos vereadores,
prefeito e vice-prefeito, fui conduzido pelo voto dos meus pares à presidência
da câmara municipal de Pederneiras. O legislativo que eu presidiria era
composto por Ângela Vermelho, Claudinei Sípoli, Gilberto Dário, João Vermelho,
José Maturana Corral, Juarez Solana, Maria Elena de Pontes Pariz, Mário Moreno,
Miguel Rozante Alba, Ordival Afonso, Val Grana e Vilmas Ferraz.
Não havia um funcionário sequer, nem máquina de datilografar
(instrumento de trabalho da época), tampouco material de escritório. Era 100%
dependente do executivo. Eu não cansei de dizer durante o primeiro mandato que
a câmara era uma espécie de cozinha da prefeitura, o que acabava sendo
verdadeiro porque funcionava como cumpridora das tarefas que o prefeito
anterior impunha. Para completar o quadro patético que era o legislativo da
época, o espaço que ocupava como “sede” era um anexo do prédio da prefeitura.
Meu compromisso com a cidade e seu povo foi de tornar o legislativo
independente, fazê-lo reconhecido como poder que é.
Dia seguinte à posse, convoco os vereadores para tomarmos as
primeiras e necessárias medidas e tirar as algemas que escravizavam de
alguma forma a nossa atuação e a própria Casa.
Num curto espaço de tempo o legislativo passou a ter o seu próprio
orçamento, seus funcionários e assessoria jurídica. O sistema legislativo foi
informatizado. A câmara saiu da “cozinha” da prefeitura para sua própria sede,
na parte superior da agência do Banco do Brasil.
Ao invés de só abrir as portas somente quando havia sessão e
fechar ao seu final, passou a atender a população das segundas as
sextas-feiras, em horário integral. Finalmente a câmara municipal de
Pederneiras se transformara na Casa do Povo.
As comissões técnicas se reuniam regularmente, criamos a Câmara
itinerante e líamos, raras exceções, a ata da sessão anterior e todo e qualquer expediente oriundos de outras
procedências. Pedidos de urgência para projetos do executivo eram avaliados e
nem todos aprovados. Nenhum projeto de vereador ficou engavetado. Foi a maior
produção legislativa da história da Casa que continuo defendendo.
Reginaldo
Monteiro
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