04 março 2012

Região de Bauru é uma ‘teia’ de trilhas off-road


A região de Bauru possui inúmeras trilhas próprias para atividades que exigem adrenalina pura. Jipeiros, motociclistas, ciclistas que gostam de aventuras com barro, pedras e dificuldades têm um número enorme de ‘caminhos’ que formam uma verdadeira teia de estradas não pavimentadas. 
 
As atividades off-road, que quer dizer fora da estrada, reúnem um número inestimável de pessoas, especialmente homens acima de 30 anos. Exigem habilidades específicas e carros próprios. 
 
Do outro lado da balança, proporcionam muito lazer e um contato indescritível com a natureza. Os objetivos da atividade são superar transposições impostas pela natureza, subidas, descidas íngremes, alagamentos etc. É um esporte que, somado à terapia, tem gerado uma comunidade que não se furta a exercer papéis nobres, como a ajuda filantrópica e socorro em situações de emergências.
 Para quem não sabe, o off-road motorizado nasceu de uma necessidade surgida na 2ª Guerra Mundial. Naquela época, o objetivo era deslocar tropas e soldados em locais de difícil acesso. Atualmente, no Brasil são realizadas competições, os enduros, rallys e raids. O mais famoso é o Rally dos Sertões, considerado o maior da América Latina.
 
Na região, há trilhas bastante conhecidas dos amantes desse esporte, explica o jipeiro  Uriel de Almeida. “Em Borebi, Jaú, Dois Córregos, Torrinha, Brotas, Botucatu, Pederneiras, Piratininga e Agudos. As três trilhas mais interessantes, as tops, na minha opinião, são Dois Córregos, Brotas e Botucatu. A  Cuesta é campeã. Têm várias opções de trilhas na Cuesta, juntas elas atingem mais de 100 quilômetros. É onde o visitante tem a oportunidade de ter contato com  os recursos naturais. Há cachoeiras, montanhas e paisagens indescritíveis.”  
 
A chegada ao platô é outro momento inesquecível, explica o jipeiro. As trilhas são divididas em leves, médias e pesadas, dependendo dos obstáculos a serem vencidos. “As leves são as mais indicadas para os iniciantes”, orienta Almeida. “São passeios muito prazerosos. As pesadas exigem veículos e motoristas preparados. As regiões montanhosas, erosões exigem carros com tração nas quatro rodas.” 
 
O jipeiro confessa que, quando entrou para o esporte, fez trilhas pesadas, mas o desgaste no veículo foi tão grande que ele sentiu no bolso. “O custo de manutenção do veículo é grande. Além disso, o jipeiro se sujeita ao risco de acidentes. Esses dois motivos fizeram eu repensar .” 
 
Almeida admite que as trilhas pesadas são adrenalina pura, porém uma atividade perigosa. “O grau de risco pessoal não pode ser ignorado. Há risco de capotamento, do jipe cair em cima da pessoa etc. É uma trilha voltada somente para  pessoas experientes. Que tenham a consciência muito clara dos riscos, porque assim vão tomar os cuidados necessários.” 
 
O alerta do jipeiro que desde 96 conhece as trilhas da região é voltado para os iniciantes. “Não podemos incentivar um jipeiro iniciante a participar de uma trilha pesada. O que tem ocorrido é que muita gente compra um veículo desses e acha que vai fazer coisa em qualquer lugar. Coloca a família dentro do carro e sai. O risco de acidente fatal é real. Nossa preocupação é nesse sentido, queremos orientar essas pessoas.”
(Fonte: JCnet)
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