A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) não conseguiu compor novas turmas de 17 cursos neste semestre, cujas aulas começaram na segunda-feira. As classes não atingiram o número mínimo de alunos estabelecido pela instituição. Ao todo, as carreiras ofereciam 690 das 4.935 vagas do último vestibular.
Nove cursos não abriram nenhuma turma, entre eles Letras (Espanhol e Francês), Matemática (licenciatura), Fisioterapia e Fonoaudiologia. As outras oito carreiras formaram ao menos uma classe de calouros, como Filosofia, Pedagogia e Ciências Contábeis.
Além disso, problemas no sistema de matrícula impediram o início das atividades de pelo menos uma graduação, a de Economia. A coordenação do curso informou nesta quinta-feira, 9, que está “ajustando horários”. “Se houver tempo suficiente, amanhã as aulas retornam. Se não, voltam na segunda-feira, sem problemas”, disse o diretor da Faculdade de Economia, Administração, Contábeis e Atuariais, Juarez Belli. Segundo ele, os alunos seriam avisados. A mensalidade custa R$ 1,5 mil.
A situação da universidade preocupa a Associação dos Professores (Apropuc), que vê na não abertura de turmas a perspectiva de redução de contratos e até mesmo demissões.
Para a presidente da entidade, Maria Beatriz Abramides, é preciso “desenvolver políticas” para viabilizar cursos de baixa procura. “A PUC deveria repensar o valor das mensalidades, a divulgação do vestibular e esperar o resultado de outros processos seletivos para complementar vagas”, diz. “Hoje temos um quadro bastante incerto. Não sabemos onde vamos dar aula e que tipo de contrato teremos.”
(Fonte: Estadão)
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