"Como chegar àquilo a que as palavras mal podem dar expressão?" O enigma que (des)norteia a obra de Clarice Lispector (1920-1977) foi levantado pelo professor e crítico português Carlos Mendes de Sousa ao mergulhar nas profundezas da escritora.
Sousa é autor de "Clarice Lispector - Figuras da Escrita", que saiu em 2000, com uma tiragem de 500 exemplares, pela editora da Universidade do Minho, em Portugal, tornou-se objeto de culto entre claricianos e só agora chega ao Brasil, editado pelo IMS (Instituto Moreira Salles).
A informação é da reportagem de Fabio Victor, publicada na edição deste sábado da Folha.
Tese de doutorado de Sousa no Minho, o trabalho mescla ensaio, crítica e biografia, mas é também uma declaração de encantamento.
Instado a definir sua natureza, o autor afirmou à Folha, por e-mail: "Há uma componente ensaística forte, mas há, na verdade, outros vetores (de investigação, crítica, filologia, elementos da esfera biográfica etc.) e que constituem um desejo de compreensão totalizadora até onde se pode chegar, sabendo que se fica sempre num limiar".
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