Chega essa época do ano e começamos a repensar o ano que passou. Refletimos e, em alguns casos, acabamos desejando mudar algo em casa. Às vezes pode ser a ampliação ou apenas a cor das paredes.
Hoje o comercio faz de tudo pra chamar nossa atenção para os produtos que querem vender. E ficamos perdidos diante de tantas denominações ao tipo de loja. Quem já não ouviu falar de outlet, ponta de estoque, saldão ou loja de fábrica?
Ponta de Estoque – costuma fazer parte das promoções de lojas normais, que dedicam uma seção a produtos que estão saindo de linha ou com pequenos defeitos. Bons descontos, mas sem direito à troca, em geral.
Saldão – grandes lojas fazem promoções para acabar com o estoque. Apesar da economia assegurada, ao fechar o negócio exija que o produto seja marcado como “já vendido”. Veja também se a peça continuará em linha.
Outlet – nesse segmento as lojas comercializam seus produtos diretamente para o público, com preços mais vantajosos que em lojas convencionais.
Loja de fábrica – marcas que têm venda própria costumam oferecer preço diferenciado ao cliente. Nesses casos, é mais fácil exigir troca e garantia no material que você levar para casa.
Precauções para uma economia sem armadilha
No caso de mármores e granitos, bancadas prontas e aquelas devolvidas por clientes que fizeram medição errada podem ser compradas sem susto. Basta conferir as medidas da casa, pois geralmente as trocas não são permitidas para esse tipo de oferta.
Quanto aos armários planejados, comprar no saldão os móveis expostos em showroom é um alívio para o bolso, com direito à troca e à garantia. Mas atente para peças com pequenos defeitos: o lojista precisa deixar esse aspecto bem claro e o cliente normalmente assina um termo no ato da compra isentando a loja de qualquer problema posterior.
Atenção para a compra de esquadrias, pisos, azulejos, pastilhas e louça sanitária. Para as esquadrias, se a metragem da casa coincidir com a oferta do showroom, aposte na aquisição. Porém verifique dobradiças e mecanismos de abertura e fechamento da peça, que podem apresentar problemas.
Os pisos, azulejos e pastilhas são ótimos para serem comprados em saldões, mas com uma ressalva: a metragem. Adquira de 2% a 4% a mais da quantidade original para garantir a reposição em casos de quebra no transporte ou futuros reparos. Guarde também o código de barras.
E quanto às louças sanitárias, peças de modelos e cores inusitados são um bom negócio em pontas de estoque. Porém desconfie de grandes descontos em itens sem procedência reconhecida ou com defeitos. Eles podem dar problema na hora do encaixe.
Nem pense em levar tintas e vernizes perto da data de vencimento ou em latas amassadas, estufadas e enferrujadas. Para esse tipo de produto, a regra é a mesma de quando vamos ao mercado – você não levaria alimentos em latas danificadas ou fora do prazo de validade. Cores com pouca saída costumam valer a pena se utilizadas em pequenas superfícies.
Atenção redobrada nos metais, pois eles podem apresentar os chamados vícios ocultos – defeitos no funcionamento interno que o cliente não percebe na hora da compra. Não adquira metais amassados nem os importados sem nota fiscal. Eles costumam não vir com garantia ou direito à troca.
Sobre os pisos de madeira, esse tipo de produto requer certificado de procedência. Quando inexiste, tudo indica que as peças vêm de madeireiras clandestinas e, depois de instaladas, podem apresentar ondulação, cupins e empenamento.
Depois de comprado o material, cuidado com a contratação do profissional que fará o serviço.
Como grande parte das reformas é ainda feita por pedreiros individuais e não por empresas, evite pagar adiantado o serviço, pois o que mais ouvimos de quem está numa reforma são casos de pagamento antecipado e obra abandonada. Isso mesmo! Acerte o pagamento final do serviço somente após a sua finalização e que o serviço esteja a contento, senão tem que refazer.
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