07 junho 2023

Amazônia Legal: Disputa entre facções e crimes ambientais levam a 8 mil assassinatos

Em 2022, mais de 8 mil pessoas foram assassinadas - incluindo homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte - na Amazônia Legal. A taxa de mortes por 100 mil habitantes foi de 26,7 na região, enquanto no restante do país o índice foi de 17,7. Os dados são da Nota Técnica "Segurança Pública e Crime Organizado na Amazônia Legal", divulgada pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). Para os especialistas ouvidos pelo R7, a alta letalidade é explicada pela disputa das rotas de tráfico de drogas pelas facções criminosas, principalmente entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho), os crimes ambientais e a ineficiência do Estado no combate ao crime organizado. Desde 2012, a região da Amazônia Legal - composta por nove estados - possui índices de violência letal mais elevados do que a média nacional, de acordo com o levantamento do FBSP. O ápice foi registrado em 2021 - com 9,2 mil assassinatos e 25,4 crimes letais por 100 mil habitantes. Apesar do alto índice de homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte não serem uma novidade na região, a pesquisadora do FBSP e socióloga Betina Barros alerta para a expansão das atividades das facções criminosas - tradicionalmente ligadas ao narcotráfico - em direção aos crimes ambientais, como o garimpo ilegal, nos últimos anos. O objetivo dos grupos é aumentar o lucro. 

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