Retornei há poucos dias a Pederneiras. Desde os primeiros contatos, logo surgiram as conversas de bastidores, os fatos que vão nos colocando no centro do raciocínio, da especulação na seara política. Como exerci mandatos parlamentares aqui, as coisas surgem naturalmente através das pessoas que vou reencontrando, conversando.
Soube por exemplo, que nos últimos dias tem se arrastado no Partido dos Trabalhadores local a discussão sobre a saída de vários antigos filiados à legenda. Dentre eles, Carlinhos Cabeção (que obteve expressiva votação na última disputa para vereador) e Romão Berbel. O assunto envolve a proximidade das eleições de 2012 e as alianças que venham a ser desenhadas. O grupo que segue Carlinhos e Romão tem sido ao longo de algumas disputas, parceiro do PSDB, do PMDB e de outros partidos.
Essas lideranças petistas (ou ex-petistas, se porventura já desfiliados) vem se apresentando como candidaturas naturais para a disputa por vagas no legislativo municipal. Ao que se sabe, tudo isto está sendo discutido internamente, exatamente porque num ano pré pré-eleitoral. Cuidados estão sendo tomados, já que outras instâncias petistas pretendem evitar o que poderia significar o esvaziamento do partido.
Essas lideranças petistas (ou ex-petistas, se porventura já desfiliados) vem se apresentando como candidaturas naturais para a disputa por vagas no legislativo municipal. Ao que se sabe, tudo isto está sendo discutido internamente, exatamente porque num ano pré pré-eleitoral. Cuidados estão sendo tomados, já que outras instâncias petistas pretendem evitar o que poderia significar o esvaziamento do partido.
A posição das duas lideranças e dos que os acompanham tem se dado não apenas pelo pleito do ano que vem. Registre-se também a simpatia por eventuais candidaturas majoritárias consistentes que possam supostamente vir do PSDB, do PMDB, do PPS (o DEM do Val Grana parece estar próximo também), ou alguma outra agremiação do chamado campo político da resistência, objetivando impedir a continuidade que representará a candidatura que a prefeita Ivana Camarinha (PV) apóie para sua sucessão. Evidente que, independente de quem possa ser, tal candidatura tende a surgir com peso.
A saída de Carlinhos e de Romão do PT – um aspecto do quadro interessante para análise - pode ser resultado de outra questão: a intimidade política com Rubens Cury, prefeito duas vezes, parceiro de longo curso, cuja eventual candidatura poderia agregar forças políticas com chances de êxito, embora Cury afirme que seu nome não esteja colocado na arena da disputa. Por óbvio, ele subiu muitos degraus na vida pública, sendo exercente de cargo estratégico no - e para - o governo paulista dos tucanos. Se depender de Cury, as lideranças que puxarão o vagão do campo do qual ele é certamente a figura mais importante serão forjadas no tempo, no processo pré-eleitoral. Aí se situam as candidaturas de prefeito e vice, que não necessariamente ele próprio.
Já do lado do PV e seus aliados, pode haver um leque de nomes em fase de avaliação. Em todo caso, repito, a candidatura que vier a ser apoiada pela prefeita Ivana será sempre forte.
Por fim, os políticos devem dizer a que vieram. Se não o dizem agora, logo ali na esquina não haverá mais subterfúgio. Necessário será esclarecer à sociedade a que vieram, que bandeira defendem e de qual unidade participam. O quebra-cabeça está em andamento.
Reginaldo Monteiro
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