Em 1979, Chico Buarque lançava o disco com a trilha sonora da "Ópera do Malandro", inspirada nos alemães Bertolt Brecht e Kurt Weill.
Quando os diretores de teatro Cláudio Botelho e Charles Moeller revelaram o principal motivo que os levou a encenar em 2003 a primeira montagem de Ópera do Malandro no século 21, ambos foram taxativos: "Chegamos à Ópera do Malandro pela paixão. Quem ouviu aquele famoso LP duplo lançado em 1979 ficou fissurado naquilo, nunca esqueceu", afirmavam em coro, constatando estar ali "o Chico do teatro na sua absoluta madureza".
O disco é considerado a melhor lembrança da recriação que o compositor e cantor carioca fez das peças A Ópera dos Três Vinténs (1928) dos alemães Bertolt Brecht e Kurt Weill, e da Ópera dos Mendigos (1728) do inglês John Gay.
Muitas das canções compostas para a peça brasileira acabaram entrando no rol das obras-primas de Chico Buarque de Hollanda, como O Meu Amor, Folhetim, Geni e o Zepelim, Homenagem ao Malandro e O Malandro, a Die Moritat von Mackie Messer composta por Kurt Weill e letrada por Brecht, que Chico converteu em samba. Ou ainda Canção Desnaturada, de grande densidade trágica.
"O meu Amor", sugestão da Fernanda Zanotto
OBS: percebam que a clipe inicia na "passagem do som" e segue pelo show da noite.
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