27 agosto 2011

PEDERNEIRAS: Adolescente grávida foi assassinada


Funcionário público de 60 anos confessa que matou jovem, com quem tinha relacionamento amoroso há um ano e meio


A adolescente de 16 anos, grávida de cinco meses, encontrada morta na manhã da última terça-feira, em Pederneiras (26 quilômetros de Bauru), foi assassinada por asfixia. O autor do homicídio é um funcionário público de 60 anos, que morava com a jovem há cerca de um ano e, provavelmente, era o pai do filho que ela esperava. Ele confessou o crime e disse que a adolescente lhe atacou com uma faca após ele se negar a dar dinheiro a ela para comprar droga.
O corpo da garota foi encontrado no último dia 23, por volta das 7h, em um terreno baldio na rua Elita Maria de Jesus Venâncio, no Distrito Industrial 7. No local, a polícia encontrou dois cachimbos artesanais, conhecidos popularmente como “marica”, utilizados para consumo do crack. 
Como não haviam sinais aparentes de violência no corpo da jovem, a polícia registrou a ocorrência como morte suspeita. Além do bebê que ela esperava, um menino de acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a vítima tinha um filho de oito meses de idade. Contudo, por ser dependente química, ela havia perdido a guarda dessa criança. 
O delegado Adriano Crês conta que o caso sofreu uma reviravolta quando o exame necroscópico preliminar feito pelo IML apontou que a jovem havia sido asfixiada. Com base em registros no Conselho Tutelar da cidade de que a vítima vivia com Antônio Oliveira, o “Galego”, 60 anos, há mais de um ano, ele passou a ser investigado.
De acordo com o delegado, há, inclusive, um inquérito policial em andamento na delegacia de Pederneiras para apurar suposto estupro cometido por ele contra a adolescente. Após o encontro do corpo, Oliveira não foi mais visto na cidade, o que reforçou as suspeitas contra ele. Ontem, ele foi localizado e conduzido à delegacia, onde confessou o crime.
“Ele dava abrigo para ela em troca de favores sexuais. E, como ela era usuária de droga, comprava droga para ela”, conta Crês. Em seu depoimento, o acusado diz que a situação tornou-se insuportável, já que a sua companheira e familiares dela passaram a fazer compras no comércio local usando seu nome.
No dia do crime, segundo a versão dele à polícia, a adolescente teria chegado na casa onde eles moravam por volta da meia-noite, pulado o muro e pedido dinheiro para comprar droga. Quando ele negou, ela tentou pegar um barbeador elétrico dele, mas ele impediu. 
Nervosa, a jovem teria se apoderado de uma faca de cozinha e partido em sua direção, sendo desarmada por ele. “Ela estava usando um cachecol e, com esse cachecol, ele matou ela”, conta o delegado. “Ele esperou chegar três horas, pôs ela numa carriola de pedreiro, levou ela até o terreno baldio, que fica a 500 metros da residência dele, e jogou o corpo lá”.
De acordo com Crês, Oliveira teve a prisão temporária decretada por trinta dias e foi conduzido à Cadeia de Duartina. “No final do inquérito, eu vou representar pela prisão preventiva para ele aguardar o julgamento preso”, anuncia. O delegado diz que deverá indiciar o acusado por duplo homicídio, já que, além da adolescente, o filho que ela esperava também morreu.
(Fonte: JCnet)
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