O ex-ministro José Dirceu teve
a pena aumentada em quase dez anos, para 30 anos, 9 meses e 10 dias, em um
processo da Operação Lava Jato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
organização criminosa. A decisão foi tomada nesta terça-feira (26) pela 8ª
Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. É a
segunda maior pena aplicada a réus da Lava Jato até então. No mesmo processo, o
ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores João Vaccari Neto foi absolvido por insuficiência de
provas. Ele é acusado por corrupção passiva e tinha sido condenado, em primeira
instância, a 9 anos de prisão. Na sessão, o relator João Gebran Neto destacou
que adotou "a teoria do exame das provas acima de dúvida razoável"
sobre o caso de Dirceu. "Embora nestes casos dificilmente haja provas das
vantagens indevidas", disse. Ele acrescentou que as penas severas não são
resultado do rigor dos julgadores, mas da grande quantidade de delitos
cometidos pelos réus. Leandro Paulsen, que também é presidente da 8ª Turma,
considerou haver prova suficiente, testemunhal e documental, de que os crimes
praticados por Dirceu ocorreram.
(G1)
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