O presidente Michel Temer se reuniu nesta terça-feira (27) à noite, fora da agenda oficial, com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também participaram do encontro os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil), investigados sob suspeita de cobrar propina. O encontro, sem divulgação, ocorreu “curiosamente?”na véspera da escolha de Raquel Dodge para a Procuradoria-Geral da República e da sessão do STF sobre a validade da delação da JBS. Três fontes da GloboNews disseram à reportagem que a sucessão de Rodrigo Janot foi discutida no encontro. O encontro repercutiu no Congresso. O senador Randolfe Rodrigues (AP), líder da Rede, disse que o encontro não foi republicano. "Do mais alto mandatário da nação, se espera principalmente que ele não utilize o cargo como habeas corpus. O que ocorre é que hoje o presidente da República utiliza o seu cargo não mais para liderar o país, mas como habeas corpus atrás da imunidade que o cargo possui. Por parte de um ministro do Supremo Tribunal Federal, se espera que ele se abstenha de qualquer contato com alguém, que provavelmente será réu no Supremo Tribunal Federal", afirmou o senador. Por meio de sua assessoria de imprensa, Gilmar Mendes afirmou que o tema do encontro foi reforma política.
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