O Supremo Tribunal Federal afastou o senador Aécio Neves
(PSDB) e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) de seus cargos no Congresso
Nacional após pedido da Procuradoria-geral da República com base na delação de
Joesley Batista e pessoas ligadas ao grupo J&F. Aécio foi gravado solicitando R$ 2 milhões ao empresário e Rocha Loures foi filmado pela Polícia Federal
recebendo valores do empresário. Na conversa gravada, Joesley e Aécio
negociam de que forma seria feita a entrega do dinheiro. O empresário teria
dito que se o senador recebesse pessoalmente o dinheiro, ele mesmo, Joesley,
faria a entrega. E, se Aécio mandasse um preposto, o empresário faria o mesmo.
Foi quando o senador disse a seguinte frase: "Tem que ser um que a gente
mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar
o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar
uma ajuda do c***.". O "Fred" citado no diálogo é
Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, ex-diretor da Companhia
Energética de Minas Gerais (Cemig) e um dos coordenadores da campanha do tucano
à Presidência em 2014. O responsável pela entrega teria sido o diretor de
Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, de acordo com a reportagem do
jornal. Rocha Loures, por sua vez, teria sido filmado pela Polícia
Federal recebendo cerca de R$ 500 mil em propina.
(Band)