O presidente Michel Temer disse neste sábado (15) que em seu
governo "não há nenhuma perseguição aos mais pobres". Sua proposta de
ajuste fiscal para equilibrar as contas públicas tem sido alvo de críticas por
supostamente pesar justamente sobre os menos favorecidos. Nesse momento, Temer
busca aprovar no Congresso Nacional um teto de vinte anos para as despesas
federais que potencialmente pode reduzir recursos para área de educação e
saúde. Ao ser questionado pela BBC Brasil sobre porque o governo não discute
também a alternativa de elevar impostos sobre a parcela mais rica da população,
por exemplo taxando dividendos distribuídos para sócios de empresas, o presidente
deixou no ar a possibilidade de adotar a medida. "O primeiro ponto que nós
cogitamos foi, precisamente, a contenção do gasto público. E essas críticas
[sobre o ajuste fiscal recair sobre os mais pobres], penso eu, não tem
procedência, porque na verdade nós vamos caminhar muito ainda, não sabemos o
que vamos fazer no futuro", disse. "Evidentemente, se houver a
necessidade de taxar os mais ricos, e até faço um parênteses, não há nenhuma
perseguição aos mais pobres", continuou. Para reforçar sua argumentação,
Temer lembrou que após assumir a Presidência do país concedeu aumento para o
benefício do Bolsa Família. Ele também destacou que seu governo está dando
continuidade ao programa petista Minha Casa Minha Vida.
(Bol)