A
Força Sindical foi condenada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a devolver
R$ 1,6 milhão, repassados pelo Ministério do Trabalho para a realização de
projetos de pesquisa e desenvolvimento de programas, direcionados aos
trabalhadores de São Paulo que desejam obter emprego nos CAT (Centro de Apoio
ao Trabalhador), de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. Por apenas um voto,
o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, mais
conhecido como Paulinho da Força Sindical (SD-SP), não foi condenado a pagar
multa, ser obrigado a devolver recursos e ficar inelegível. O processo aponta irregularidades
no repasse de R$ 950 mil, revebidos pela Força Sindical entre 2001 e 2002. O
TCU aponta que não existe comprovação de que o dinheiro tenha sido usado para o
fim proposto. "Verificou-se, ainda, que o software entregue [pela
central], à época, continha base de dados vazia, ou seja, inservível para os
propósitos do convênio", afirmou o ministro relator do processo, Marcos
Bemquerer. O voto revisor, do ministro Bruno Dantas, afirmou ser contrário à
multa e à devolução do dinheiro, dizendo que as irregularidades apontadas não
eram suficientes para apontar que houve danos ao erário. "Não considero
prudente afirmar genericamente que os documentos entregues para cada meta não
atenderiam ao plano de trabalho", afirmou Dantas.
