30 junho 2016

SAÚDE: 20% dos bebês com danos neurológicos pela zika têm perímetro cefálico normal

Pesquisa feita por uma equipe de cientistas brasileiros e publicada na revista The Lancet mostra que o diagnóstico de microcefalia não pode ter como alvo apenas o perímetro cefálico da criança. O trabalho revela que um em cada cinco casos de bebês com a contaminação por zika durante a gestação e com sintomas de danos neurológicos apresentavam uma circunferência da cabeça nos padrões considerados normais. “Os resultados mostram que nas gestações afetadas pela infecção por zika, alguns fetos terão alterações cerebrais e microcefalia outros terão alterações cerebrais e perímetro cefálico normal e outros não serão afetados”, afirmou o coordenador do trabalho, o professor da Universidade Federal de Pelotas, Cesar Victora. “Isso demonstra o quanto as equipes precisam estar atentas. Não apenas durante o parto ou logo depois do nascimento, mas durante o crescimento do bebê”, afirmou o diretor de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, e também integrante do estudo. O trabalho, o maior estudo de série de casos de suspeita por infecção de zika realizado até o momento, reuniu informações de 5.909 casos suspeitos de microcefalia notificados no País até fevereiro. A partir dos registros, várias características foram analisadas: sexo, idade gestacional, exames de imagem, histórico da mãe e mortalidade. Desse número geral, foram analisados 1.501 casos suspeitos.
(Último Segundo)
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