O Movimento Outubro Rosa, que acontece em
diversos países, tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos da
doença, que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a que mais acomete
as mulheres em todo o mundo. Uma pesquisa realizada recentemente pelo
Datafolha mostrou que 15% das brasileiras com idade entre 40 e 69 anos nunca
fizeram a mamografia – principal exame para detectar o tumor. Diante do
número alarmante, o coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Santa
Catarina, Antonio Cavaleiro de Macedo, listou seis mitos e verdades sobre a
doença. "Se o câncer de mama for diagnosticado em estágio precoce as
chances de cura são enormes, próximo a 98% em alguns casos", afirmou o
especialista.
Apenas as
mulheres podem ter câncer de mama.
Mito. Embora o público feminino seja o mais atingido pelas
ações de prevenção, 1% dos casos diagnosticados ocorre em homens.
O autoexame substitui a mamografia.
Mito. É de suma importância que as mulheres realizem o
autoexame, que pode indicar alterações na mama e, em alguns casos, alertar a
paciente a procurar atendimento imediato. No entanto, o autoexame não substitui
a mamografia, tampouco a consulta regular ao médico.
Excesso de peso ou gordura pode potencializar os riscos da
doença.
Verdade. Pesquisa realizada pelo Hospital de Base de Brasília
revela que mulheres com excesso de gordura e que estão acima de 10 quilos do
peso ideal possuem 40% a mais de chances de desenvolver câncer de mama se
comparadas às mulheres com alimentação saudável e peso proporcional. Isso
acontece porque o tecido gorduroso aumenta os níveis de estrogênio.
Caso o tumor seja detectado, a mama é retirada por completa.
Mito. Com os avanços da Medicina, alguns casos não
requerem a retirada da mama por completa – ficando a cirurgia restrita às áreas
afetadas. Hoje, há procedimentos cirúrgicos em que se retira somente o
necessário, conservando e preservando o seio da paciente ao máximo. Em casos de
tumores grandes, todavia, a opção mais utilizada ainda é a mastectomia (remoção
total da mama) – por isso a importância de diagnosticar o quanto antes a doença.
Consumo excessivo de álcool pode influenciar no
desenvolvimento do tumor.
Verdade. Consumir bebidas alcoólicas em excesso pode
potencializar, sim, o desenvolvimento do câncer de mama, já que aumenta a
circulação dos hormônios femininos e altera a função hepática.
Menstruar cedo ou ser mãe após os 30 anos aumenta a
probabilidade de desenvolver a doença.
Verdade. Mulheres que menstruam mais vezes no decorrer da vida
ficam mais expostas aos hormônios estrogênio e progesterona, o que pode ser
prejudicial à saúde e aumentar a probabilidade de desenvolver o câncer de mama.
Com isso, o estrogênio estimula as células da glândula mamária a se
reproduzirem.