A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta segunda-feira
(3), o ex-ministro José Dirceu e o irmão dele Luiz Eduardo de Oliveira e Silva,
durante a 17ª fase da Operação Lava Jato. Desde as 6h, a PF cumpre 40 mandados
judiciais, sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de
busca e apreensão e seis de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a
prestar depoimento. Segundo a PF, Dirceu foi detido em casa, em Brasília, onde cumpria prisão
domiciliar por condenação no mensalão. O mandado contra ele é de prisão
preventiva – por tempo indeterminado. Já Luiz Eduardo de Oliveira e Silva foi
detido em Ribeirão Preto (SP) e cumprirá prisão temporária, que tem duração de
5 dias. Roberto Podval, advogado que representa José Dirceu, afirmou que primeiro vai entender as razões
que levaram à prisão do ex-ministro da Casa Civil para depois se posicionar. A
operação foi batizada de Pixuleco, termo que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto usava para falar
sobre propina. Cerca de 200 policiais federais participam da ação. Ainda de
acordo com a PF, esta fase da operação se concentra no cumprimento de medidas
cautelares em relação a pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas
de contratos com o poder público, alcançando beneficiários finais e “laranjas”
usados nas transações. Também foram decretadas medidas de sequestro de imóveis
e bloqueio de ativos financeiros, conforme a PF. Entre os crimes investigados
estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e
lavagem de dinheiro. Os presos devem ser levados para a Superintendência da PF
em Curitiba.
(globo.com)