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Departamento de Justiça americano divulgou um documento de 168 páginas em que
detalha as acusações feitas aos dirigentes da FIFA presos em Zurique.
Suborno, lavagem de dinheiro, fraude, obstrução de justiça entre outros
crimes são listados em 12 casos ou "esquemas". O documento traz
vários personagens sem nome - mas frisa que suas identidades são conhecidas
pela investigação. O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, é acusado de
vários crimes - e especificamente de receber suborno em duas negociações. A primeira acusação contra o brasileiro é relacionada
às próximas quatro edições da Copa América. Segundo a acusação, a empresa
Datisa pagaria até US$ 110 milhões em subornos (cerca de R$ 340 milhões) para
garantir os direitos da competição até 2023. Deste montante, a Datisa já
teria pago cerca de US$ 40 milhões divididos entre os dirigentes. Esse dinheiro
seria distribuído assim: por cada edição, os presidentes da Conmebol, da CBF e
da AFA embolsariam US$ 3 milhões cada (R$ 9,6 milhões); os presidentes das
outras confederações levariam US$ 1,5 milhão cada (R$ 4,7 milhões) e ainda
sobrariam US$ 500 mil (R$ 1,6 milhão) para um décimo-primeiro dirigente não
identificado. Segundo os investigadores americanos, as duas primeiras
"cotas" (luvas e 2015) foram pagas. A Copa América do
Centenário (que celebra 100 anos da competição) e será realizada nos EUA traria
mais dinheiro - e propina maior: US$ 30 milhões (R$ 96 milhões) a serem
divididos.
(globoesporte)