Sorocaba, no
interior de São Paulo, chegou a 42,3 mil casos de dengue confirmados por exame
de laboratório ou diagnóstico clínico, segundo boletim divulgado na
quarta-feira, 15, pela Secretaria de Saúde do município. Com 15 mortes
confirmadas - 4 a mais que na semana anterior - e outras 15 sob investigação, a
cidade enfrenta a maior epidemia de dengue no Estado de São Paulo. Unidades de
atendimento aos doentes estão sendo instaladas até em igrejas. O Centro de Monitoramento
Norte começou a receber pacientes no salão principal da Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias. Além das instalações, o templo dos mórmons cedeu
voluntários. Estudantes das escolas de enfermagem de três universidades locais
também prestam serviços voluntários sob a coordenação da equipe médica. O
local, com 15 poltronas para hidratação, tem capacidade para 250 pacientes por
dia e só não vai funcionar aos domingos. Sorocaba já atingiu média de 530 casos
de dengue a cada 100 mil habitantes, mas o secretário Francisco Fernandes
acredita que a epidemia se estabilizou. Mesmo assim, as unidades de saúde
estarão abertas no fim de semana e no feriado de terça. No último fim de
semana, as duas unidades principais atenderam 1.130 pacientes. Entre as cidades
que atualizaram os números da dengue, Campinas passou a ter 26,9 mil casos, dos
quais 22,5 mil confirmados, e quatro mortes confirmadas, além de cinco óbitos
em investigação. Limeira, na mesma região, relatou 21,9 mil casos - 6,8 mil
confirmados por exames e 12 mortes com a causa confirmada, além de 4 suspeitas.
Em Marília, centro-oeste do Estado, são 13,4 mil casos confirmados, além de 8
mortes.
(Estadão)