A
Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou nesta quarta-feira que encontrou
vestígios do vírus do Ebola no sêmen de um homem na Libéria curado seis meses
antes. Até hoje, a presença mais longa do vírus no corpo de um paciente
registrado pela organização era de "82 dias desde o início da
infecção", segundo um estudo de 1995 sobre um paciente da República
Democrática do Congo (RDC). "Foram encontrados vestígios do vírus no
esperma ao menos seis meses depois da cura" do paciente, afirmou o
porta-voz da OMS, Tarek Jasarevic. No entanto, disse o porta-voz, há no momento
um único caso, o do paciente da Libéria. Este homem deixou uma unidade de
tratamento do Ebola em setembro depois que seus testes sanguíneos deram
negativo para o vírus. O paciente "entregou uma amostra de seu esperma que
deu positivo 175 dias depois de seu teste sanguíneo negativo", explicou
Jasarevic. "Precisamos entender melhor se este caso particular é uma
anomalia ou se realmente um grupo de pessoas pode conservar vestígios de Ebola
por um prazo tão longo. Levará um tempo fazer estes estudos", disse o
porta-voz. Quanto ao caráter potencialmente infeccioso deste esperma, a OMS
preferiu não tirar conclusões e emitir apenas uma mensagem de prevenção.
(Yahoo)