Caminhoneiros fecham rodovias de
Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e
Santa Catarina nesta segunda-feira (23). A ação faz parte de uma paralisação
exigindo o reajuste do valor de frete; respeito à lei que determina o pagamento
do pedágio pelos embarcadores e contra a alta do diesel. Em alguns Estados, os
bloqueios tiveram início neste fim de semana. Mais cedo, rodovias de São
Paulo e Goiás também sofreram interdições. Segundo Aroldo Araújo Christensen,
diretor de comunicação e projetos da Abcam (Associação Brasileira dos
Caminhoneiros), o aumento do valor do diesel foi o estopim de problemas da
categoria que se arrastam há meses. Ele afirma que o principal problema é que,
atualmente, os insumos do trabalho equivalem a 75% do frete pago pelos
embarcadores. O gasto do caminhoneiro com pneu, combustível e manutenção gerais
do veículo estão muito mais caros do que estavam há seis meses, quando
representavam 45% do frete. Os fretes estão sendo achatados. Frente à situação,
os caminhoneiros propõem a criação de uma planilha de custos de frete, que
varie conforme as variações dos valores dos insumos. O presidente da Abcam,
Claudinei Pelegrini, não endossa a manifestação de hoje. Ele avalia ser
"utopia reduzir preço de óleo diesel [uma vez que o valor é definido no
âmbito federal]", e que a manifestação deveria ser feita "em
casa", com os motoristas deixando de entregar as cargas, e não bloqueando
as rodovias.
(R7)