A defesa do diretor da Galvão Engenharia Erton Medeiros Fonseca,
preso na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), entregou à
polícia comprovantes do pagamento R$ 8,8 milhões referentes a supostas propina
pagas a uma pessoa que se apresentou como emissário da Diretoria de Serviços da
Petrobras. De acordo com o advogado José Luis Oliveira Lima, representante do
diretor, os pagamentos foram realizados por meio da LSFN Consultoria
Engenharia, entre 2010 e 2014. Os pagamentos, segundo Lima, tinha conhecimento
do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco. Além disso, o
advogado disse que havia ameaça de retaliação nos contratos que a Galvão
Engenharia tinha com a Petrobras, caso não houvesse o pagamento dos valores
estipulados de "maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal". A defesa
garantiu que Erton Fonseca aceita fazer acareação com o ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos acusados de serem os
principais articuladores do esquema. De acordo com a planilha apresentada,
foram feitos 23 pagamentos entre 2010 e 2014 pagos a Luís Fernando Sendai
Nakandakari e a Juliana Sendai Nakandakari, sócios do engenheiro Shinko
Nakandakari, na consultoria LSFN.
(IG)