O atraso de mais de duas horas para iniciar o comício durante a
passagem da presidente Dilma Rousseff, candidata a reeleição, e do
ex-presidente Lula, ambos do PT, nesta terça-feira (21), em Goiana, restringiu
a minutos as falas dos líderes petistas durante o ato. Lula foi um dos
primeiros, ele rebateu críticas feitas por tucanos ao povo nordestino e pediu
de presente de aniversário o voto em Dilma. “Estamos provando que o Nordeste
não é feito de homens e mulheres de segunda categoria. Houve alguém que já foi
presidente da República deste país, um senhor muito estudado, que depois das
eleições ele disse que a presidente Dilma só tinha ganhado no Norte e no
Nordeste porque as pessoas não tinham formação”, disparou mencionando
sutilmente algumas declarações efetuadas pelo ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB). “Precisamos dizer a esse senhor que a gente tem tanta formação
que resolvemos nunca mais votar num tucano para presidir este país”, esbravejou
reforçando. Com um posicionamento duro contra os adversários, o líder petista
desafiou os tucanos a mostrar grandes obras feitas por eles durante seus
governos. “Eles não saberão”, respondeu a si mesmo. O ex-presidente aproveitou
o ensejo para elencar investimentos feitos pelo Governo Federal em Pernambuco,
como a Transposição do Rio São Francisco, a Transnordestina e a BR-101. “Mas
não é apenas isso, é a quantidade de adutoras, são os estaleiros. Quem é o
Nordestino de Goiana que já imaginou ter uma indústria automobilística que vai
ter praticamente 8 mil trabalhadores e vai produzir carros para vender que
vamos andar no país inteiro?”, indagou fazendo menção a fábrica da Fiat,
instalada na cidade. “O meu sonho só vai terminar quando cada morador de goiana
puder comprar o seu carrinho Fiat”, acrescentou Lula. Colocando-se como mentor
do “processo de transformação do país”, o petista cravou que com eles o
nordestino aprendeu a andar de cabeça erguida. “Nordestino não nasceu apenas
para ser pedreiro lá em São Paulo”, frisou.
(IG)