O aumento do consumo de
energéticos pode representar perigo para a saúde pública. De acordo com o
presidente do Grupo de Estudos de Cardiologia do Esporte da SBC (Sociedade
Brasileira de Cardiologia), Daniel Jogaib Daher, o perigo existe por causa da
presença de cafeína, taurina, ginseng e guaraná, entre outros ingredientes na
bebida, o que podem desencadear arritmia e, em casos extremos, levar à morte. Segundo
o especialista, o maior problema é o consumo da bebida energética nas baladas,
como se fosse um refrigerante. “Como são, na verdade, estimulantes
neuropsíquicos, os energéticos podem ser muito deletérios [nocivos à saúde]
para o corpo”. De acordo com um estudo publicado na revista Frontiers in public
Health, logo
após a ingestão o problema é a cafeína, mas em médio e longo prazo os efeitos
podem ser cumulativos. Os pesquisadores identificaram como efeitos possíveis do
consumo de energéticos por crianças as arritmias, hipertensão, estimulação do
sistema nervoso central, vômitos, acidose metabólica, convulsão, parada
cardíaca e mesmo morte. Nos adultos, a bebida tende a aumentar o risco de
hipertensão e de diabetes, já que a cafeína reduz a sensibilidade à insulina e
aumenta o risco de aborto espontâneo.
(R7)