Pesquisa Datafolha mostra que tese da
"desidratação" natural de candidata Marina Silva é furada; cravada
num empate de 34% com a presidente Dilma Rousseff, depois de ascender 13 pontos
percentuais em apenas 11 dias, candidata do PSB já está mais para furacão em
plena passagem do que para fenômeno eleitoral furtivo; ou Dilma, o
ex-presidente Lula e o marqueteiro João Santana posicionam o PT para apontar
todas as suas baterias sobre as fragilidades e contradições da ex-ministra, ou
o que está sendo escrito pelo partido é uma história de alternância, e não de
manutenção do poder. É essa é a ideia?
Com o botão do ataque desligado, o que a campanha do PT vai
conseguindo até aqui é transformar Marina de fenômeno a verdadeiro furacão que
ganha mais força à medida em que avança para o dia do voto, em 5 de outubro. O
presidenciável Aécio Neves, do PSDB, nesse contexto, vai sendo, literalmente,
dizimado pelo furacão Marina.
Toda a
ala paulista tucana está marinando, a começar pelo ex-presidente Fernando
Henrique, o candidato a senador José Serra e o governador Geraldo Alckmin, que
tem no parceiro de chapa Marcio França, um legítimo representante do PSB.
Não
será de um PSDB outra vez dividido que sairá alguma ordem unida para combater o
crescimento de Marina. Se essa ordem não vier a ser dada pelo triunvirato que
dá o rumo à campanha do PT, a mensagem será a de que a ex-ministra do Meio
Ambiente já pode, como se diz, encomendar o vestido da posse.