06 dezembro 2011

DO CANAVIAL ELÉTRICO À METRÓPOLE: DEVANEIOS



(Subtraido da obra de Gustavo Berbel)


nas tardes silenciosas de
minha infância, os lírios tinham
inúmeras cores
sendo um jardim o resumo de
meus dias na casa da fazenda.
cercado por chifres distraídos
penas multicores, lã escurecida,
pacu pego na vara de bambu:
sagu - sagüi. transava com
a natureza
mergulho nesta piscina de
memória com água tão
estanque. a inércia é a
lei do passado, onde fragmentos
aguardavam ansiosos seu momento
de reviver
> tudo é reflexo no espelho convexo da vida <
cada viver expresso em tempo,
são inúmeras lembranças sintetizadas
em flores. eram tantos sabores na infância.
agora, nem tão velho assim, meu ímpeto
empurra os dias, meus braços abrem-se movimentando
a terra seca, esfolando minha pele. e essa escrita
repleta de pronomes possessivos me possui e revela
meu corpo só, na imensidão da terra seca do presente
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