07 novembro 2011

Chico feminino e rapper

Criolo é mesmo o homem do ano. Depois de ter lançado um dos melhores álbuns de música brasileira (Nó na Orelha) e ter feito o show-celebração mais comovente de 2011 no Sesc Vila Mariana, dominar a premiação do VMB e ser cortejado por Caetano Veloso, agora o cantor/compositor/rapper é honrado por Chico Buarque, que foi reverenciado pelo paulistano na versão atualizada de Cálice (Chico/Gilberto Gil). A retribuição de Buarque, cantando trecho da letra de Criolo em ritmo de rap na estreia da turnê do novo álbum, anteontem no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, foi o ponto alto de um show redondo com boas surpresas.
Chico recria joias raras de seu vasto cancioneiro - Eugênio Sávio/Divulgação
Eugênio Sávio/Divulgação
Chico recria joias raras de seu vasto cancioneiro
No entanto, não é primeira vez que Chico se aproxima do rap - já o tinha feito na embolada Ode aos Ratos em 2006 e num dueto com Eugénia Melo e Castro em Olê Olá, em 2005, nunca lançado. Mesclando todas as dez canções do novo álbum, Chico, com clássicos que há muito tempo não se canta, como Baioque, Desalento (Chico/ Vinicius de Moraes), Ana de Amsterdã (dele e Ruy Guerra), A Violeira (Chico/ Tom Jobim), Choro Bandido (parceria com Edu Lobo) e Bastidores, o roteiro é irretocável. Falando pouco, o que se vê em cena é um Chico mais estimulante, leve e solto do que o de seis anos atrás, quando lançou Carioca.

"Sinhá", do novo álbum "Chico" (participação de João Bosco)

(Fonte; Estadão)
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