Moradores passaram por momentos de desespero com pelo menos duas trocas de tiros no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira. Sem conseguir subir o morro, muitos avisavam aos familiares por celular sobre o conflito. As balas traçantes eram vistas até em Bonsucesso.
"Queríamos saber porque estão dando tantos tiros aqui. Não tem traficante, só tem morador. Não tem essa necessidade, se a favela está pacificada. Moro em frente ao teleférico e as balas traçantes passam por cima da minha casa. Deitamos no chão, pedindo misericórdia a Deus pra não chegar uma bala perdida aqui. Somos cinco (três crianças e dois adultos). Moro com minha irmã, dois filhos dela (de 3 meses e 3 anos) e meu filho de 10 meses", contou uma moradora.
No início da confusão da noite desta terça-feira, PMs do Batalhão de Campanha do Alemão foram os primeiros a chegar. As forças do Exército ocuparam a região da Rua Joaquim de Queiroz por volta das 20h. Três ambulâncias do Corpo de Bombeiros foram chamadas pela Força da Pacificação, mas até às 23h, havia apenas a informação de um ferido. Um homem que caiu de uma laje e teve ferimentos na cabeça, sendo encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas.
Um blindado do 22º BPM (Maré) chegou à comunidade às 21h30 para reforçar o patrulhamento, que contou com o auxílio extra de 100 homens do Exército. O comando do Batalhão de Campanha avisou a todos os soldados que ficassem em alerta, até quem estava de folga.
(Fonte: Terra)
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