A data é propícia à
renovação de uma pergunta sem resposta satisfatória até hoje: e se Lula, no 8
de janeiro de 2023, tivesse assinado o decreto conferindo poderes aos militares
para que restabelecessem a ordem pública no Distrito Federal?
O decreto estava pronto e
lhe foi oferecido. O país, chocado, acabara de assistir ao vivo a tomada do
Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal por milhares de
golpistas enfurecidos acampados à porta do QG do Exército.
Área
militar é área de segurança nacional, aqui e em todos os países do mundo. É
proibido acampar em suas vizinhanças. Mas o presidente da República da época, o
ex-capitão Jair Bolsonaro, ordenou ao Exército que abrisse uma exceção.
Afinal,
os acampados pediam apenas uma intervenção militar para anular o resultado da
eleição presidencial perdida por Bolsonaro. Não era uma tentativa de golpe, ele
dizia. Era o exercício do direito à liberdade de expressão previsto na
Constituição.
Janja, a primeira-dama, ao
saber do que se tratava, acendeu a luz vermelha e aconselhou Lula a não assinar
o decreto. E se autorizados pelo presidente a sair às ruas, os militares
cedessem ao clamor dos golpistas? Quem poderia garantir que não cederiam?
No futuro, brava gente
brasileira, longe vá temor servil, saberemos melhor o que aconteceu no 8 de
janeiro e ainda não acabou.
0 comments:
Postar um comentário