Tarcísio transformou sua aparição no alto do
caminhão de som num espetáculo pornográfico. Fez um strip-tease. Despiu-se
desavergonhadamente do que seria seu maior patrimônio político: a presunção de
moderação. Menos enrustido, Tarcísio entrega-se a posições assanhadas.
Sobretudo as posições ideológicas mais exóticas.
Criticou a "ditadura" do Supremo e a
"tirania" de Alexandre de Moraes —"Será que a gente está vivendo
um Estado democrático?"—, fustigou o presidente da Câmara —"Hugo
Motta, paute a anistia!"— e deu de ombros para a inelegibilidade do seu
criador —"Deixa Bolsonaro ir para a urna, qual o problema?"
Tarcísio sabe que a condenação, nesta semana,
consolidará o expurgo do "mito" das urnas. Está de olho no espólio. A
questão não é se vai conseguir ou não o apoio que ambiciona. O problema é saber
como reagirá o eleitorado. O caminho escolhido por Tarcísio não tem volta.
Respeito pela democracia é como a virgindade. Perdeu, está perdida.
0 comments:
Postar um comentário