A decisão do
ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar sanções ao ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e anunciar tarifas de 50%
sobre produtos brasileiros causou forte repercussão internacional. Segundo
análise publicada pela revista The Economist, a medida representa um “ataque sem
precedentes” ao Judiciário brasileiro — e pode ter o efeito oposto ao desejado
por Trump.
A ofensiva foi motivada
por descontentamentos de aliados de Trump, sobretudo com a condução dos
julgamentos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à tentativa de golpe
de 8 de janeiro de 2023. Moraes é o principal nome na linha de frente dessas
investigações.
Ainda assim, a revista destaca que não há
ilegalidades na atuação do ministro, segundo a legislação brasileira, e que a
Lei Magnitsky — utilizada por Trump para justificar as sanções — costuma ser
aplicada em casos extremos de violação dos direitos humanos, o que não se
enquadra neste caso.
Na visão da Economist,
a medida pode fortalecer o governo Lula, ao gerar uma onda de solidariedade
institucional e fortalecer a imagem do Brasil diante da opinião pública
mundial. Em vez de enfraquecer o Judiciário e o governo, Trump pode acabar
alimentando apoio interno à democracia e ao Supremo.
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