22 janeiro 2025

Decisão judicial: Netflix pode manter imagens de Edir Macedo em documentário sobre possessão

A juíza de Direito Paula da Rocha e Silva, da 36ª vara Cível de São Paulo/SP, negou o pedido do bispo Edir Macedo para que a Netflix Brasil removesse suas imagens do documentário sobre possessão demoníaca. A magistrada considerou que não há dano grave ou de difícil reparação e determinou o prosseguimento do processo. Edir Macedo e seu sobrinho, o pastor Renato Costa Cardoso, ajuizaram ação contra a Netflix Brasil devido à veiculação de suas imagens no documentário "O Diabo no Tribunal". A produção aborda um julgamento ocorrido nos Estados Unidos, no qual a defesa do réu alegou "possessão demoníaca" como justificativa para um homicídio, tese rejeitada pela Justiça americana. Os bispos afirmam que a exposição compromete sua reputação e viola seu direito de imagem, alegando que a produção tem um caráter "sensacionalista" e os associa indevidamente a práticas de exorcismo, descontextualizando suas atuações religiosas. A defesa da Netflix sustentou que as imagens são de domínio público e foram utilizadas de forma exemplificativa, sem desvirtuar a realidade dos fatos retratados. Alegou ainda que a aparição dos autores ocorre por poucos segundos, sendo difícil a identificação devido à baixa qualidade e antiguidade das gravações. Além disso, ressaltou que o próprio Edir Macedo já havia divulgado vídeos semelhantes em seu canal oficial, nos quais aparece realizando sessões de libertação espiritual conhecidas como "Sessões de Descarrego".

(Fonte: Migalhas)

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