Que dor hoje mais assusta os militares brasileiros? A que atinge sua reputação de cultores da democracia que antes sabotaram ou simplesmente destruíram seguidas vezes? Ou a dor da perda de eventuais privilégios que se manifesta na altura dos bolsos? Ambas as dores são recentes.
A primeira lateja desde que a Polícia Federal indiciou 37 pessoas, 25 delas militares, nos crimes de tentativa de abolição violenta da democracia, golpe de Estado e organização criminosa. A segunda dor, por ora, é só uma ameaça.
O governo federal será obrigado a cortar despesas para pôr em ordem as contas públicas. E o orçamento das Forças Armadas não deverá ser poupado de cortes. Será estabelecida uma idade mínima para a passagem à reserva dos militares; hoje não há.
Aos cochichos, admitem que Bolsonaro, com a ambição desmedida de enriquecer, atravessou a linha vermelha, avançou sobre o dinheiro público, fez fortuna e ensinou seus filhos a fazer.
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