15 agosto 2024

Safadeza bolsonarista pela culatra: Tiro dado em Alexandre de Moraes poderá levá-lo a dobrar aposta

Se muito até agora, serviu para animar os bolsonaristas no Congresso a revelação feita pela Folha de S. Paulo de que o gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou de forma não oficial, fora do rito, a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do ministro no inquérito das fakes news. Os bolsonaristas querem que o Senado casse o mandato de Moraes. As mensagens trocadas por assessores de Moraes em um grupo de WhatsApp abrangem o período que vai de agosto de 2022 até maio de 2023. Na época, Moraes era ao mesmo tempo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem poder de polícia e pode pedir a confecção de relatórios sobre atividades ilícitas, e relator no Supremo do inquérito das fakes news. Existe algo irregular nisso? Não. Segundo a Constituição, o TSE é composto no mínimo de sete ministros titulares: três vêm do Supremo, entre eles o presidente e o vice; dois do Superior Tribunal de Justiça; e dois da advocacia. Em nome de Moraes, um de seus assessores no Supremo fazia demandas ao chefe do serviço do TSE sobre aliados de Bolsonaro, alvos do inquérito que tramita aos cuidados de Moraes na mais alta Corte de Justiça do país. Existe algo irregular em um assessor de Moraes no Supremo fazer demandas ao chefe do serviço do TSE? Não. Existe algo irregular no fato das demandas terem como alvos aliados de Bolsonaro, todos investigados por disseminar notícias falsas? Também não. “Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos autos do inquérito”, afirmou o gabinete de Moraes sem ser contestado até aqui.

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