Durante a última semana,
os argentinos souberam que a inflação anual já ultrapassava os 250% , que a
energia aumentou 150% e que o Governo não tinha intenção de atualizar o salário
mínimo, o mais baixo da região depois da Venezuela. Até a ex-presidente
Cristina Kirchner abandonou meses de silêncio para confrontar pela primeira vez o presidente, o ultradireitista
Javier Milei. A agenda pública, no entanto, foi monopolizada pelas
birras do presidente contra um dos artistas mais populares da Argentina, a cantora e atriz pop Lali Espósito. Há semanas que
Milei insulta Espósito através do seu perfil X, acusando-a de “viver do Estado”
e de “roubar comida a crianças pobres” por ter cantado uma vez num festival
financiado com dinheiro público. As redes sociais de Javier Milei tornaram-se a
agenda oficial do seu Governo. O presidente passa em média duas horas por dia
na rede social, conforme reconstrói um site independente que monitora a atividade de seu perfil no X.
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