29 setembro 2023

Sem água na torneira, comida mais cara: O suplício das famílias em seca histórica no Acre

A Amazônia concentra 20% de toda a água doce do mundo, mas na casa de Maria, de 63 anos e moradora de Rio Branco, no Acre, não há água nas torneiras. Casada e mãe de dois filhos, ela está dependendo da prefeitura local para receber 3.000 litros de água, entregues de caminhão-pipa semanalmente. "Se a gente lava uma roupa, tira a última água para passar pano na casa, lavar a calçada. Vamos economizando, porque a gente vive na expectativa – nunca sabe se vai ter água ou não", conta Maria, que pediu para ter seu sobrenome preservado. "Às vezes o pipa da prefeitura dá algum problema e não vem, daí temos que gastar R$ 50 para comprar uma caixa de 1.000 litros. É assim, é muito sofrido." A família de Maria é uma das mais de 4 mil famílias que estão sendo abastecidas por caminhões-pipa da Operação Estiagem, iniciada pela Defesa Civil do Rio Branco em julho e que este ano deve se estender até meados de dezembro. Em 2021, a operação atendia 10 comunidades, mas este ano já são pelo menos 30 – num momento em que o Rio Acre, que abastece a capital do Estado, chegou a bater no nível de 1,44 metro, apenas 19 cm acima da mínima histórica de 1,25 metro, registrada em outubro de 2022.

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