Beneficiadas com R$ 800
milhões em emendas de relator durante o governo Jair Bolsonaro, prefeituras
alagoanas aumentaram em até oito vezes os atendimentos que registraram no SUS,
nos últimos quatro anos, muitas vezes de maneira desproporcional às populações
locais ou com dados que não condizem com a realidade encontrada pela coluna ao
visitar os municípios. O aumento nos números permite, em tese, que as cidades
ampliem o teto de repasses que recebem do Ministério da Saúde e assim sejam
destinatárias de mais dinheiro por meio de emendas parlamentares. A Polícia
Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) têm investigações abertas sobre os dados de produção do SUS em
Alagoas e em outros estados. Um levantamento da coluna apontou que cerca de um
quarto dos 103 municípios de Alagoas aumentaram em mais de 60% sua produção no
SUS, na comparação entre o ano de 2019, pré-pandemia, e o de 2022. No Maranhão,
houve aumentos artificiais pelas prefeituras para ampliar seus repasses. Com
base nisso, a Polícia Federal identificou esquema de desvio de dinheiro
público no estado e deflagrou, no fim do ano, a Operação
Quebra-Ossos. Também houve auditorias que pediram a devolução de milhões
enviados às prefeituras indevidamente.
(Metropoles)
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