Após as manifestações do senador Fabiano Contarato (PT- ES) e da
deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), o Ministério Público Federal anunciou
que apura possíveis crimes de homofobia e transfobia pelo pastor André Valadão.
O MPF disse que, após a apuração dos fatos, encaminhará as "medidas
cabíveis para o caso". Líder da Igreja Batista da Lagoinha, Valadão
insinuou que evangélicos deveriam matar pessoas LGBTQIA+. As falas ocorreram
ontem em um culto realizado na cidade de Orlando, nos Estados Unidos, e
transmitido nas redes sociais. "Agora é a hora de tomar as cordas de volta
e dizer: pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, 'já meti
esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi
que não posso', agora tá com vocês", afirmou Valadão. "Não entendeu o
que eu disse? Agora, tá com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós",
completou. Diante da repercussão negativa, o pastor alegou que a declaração não
diz respeito a morte, mas, sim, a uma mudança de comportamento: "Nunca
será sobre matar pessoas, Deus nos livre deste terrível pecado, violência ou
discriminação, mas sobre a liberdade de viver o que crê. A série Censura Não é
sobre isso, e a cada dia que passa vemos leis, mídias, educação e um sistema
mundial tentando ecoar a verdade da fé que um cristão genuíno carrega". Mais
cedo, Contarato disse que pediria para Valadão responder pelo crime de
homofobia: "Vamos representar criminalmente para que ele responda por
manipular a fé e incitar a violência", escreveu o senador no Twitter.
(UOL)
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