O ministro Fernando Haddad (Fazenda)
afirmou nesta quarta-feira (26) que a proposta de maior taxação sobre os
super-ricos será enviada ao Congresso em agosto, para que ela eleve as receitas
previstas na proposta de Orçamento de 2024 (que precisa ser enviada até o fim
do próximo mês). O ministro confirmou o envio da proposta mesmo após o
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), contestar a
iniciativa. Para Lira, seria arriscado o governo Lula (PT) colocar em discussão
a taxação de fundos exclusivos de investimento antes da conclusão final da
Reforma Tributária sobre o consumo no Senado. O governo tem pressa no envio
porque precisa arranjar novas receitas de modo a perseguir a meta central de
déficit zero no ano que vem. Tal objetivo exige um significativo esforço pelo
lado da arrecadação, já que o novo arcabouço fiscal prevê despesas crescendo
acima da inflação no ano que vem -sendo que as contas públicas estão no
vermelho neste ano. "Tem que ir em agosto [taxação dos super-ricos] porque
tem que acompanhar o [projeto de] Orçamento", afirmou Haddad ao site
Metrópoles. "Não posso mandar o Orçamento sem essas medidas encaminhadas
ao Congresso", disse. Haddad ainda defendeu a medida como uma forma de se
fazer justiça fiscal no país. "Estamos falando de 2.400 fundos com
patrimônio de R$ 800 bilhões. Quase ninguém assistindo [à entrevista] faz parte
desse grupo", afirmou.
(Folhapress)
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